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Tendências ESG para você seguir e ficar atento em 2022



Por que precisamos falar de ESG?


Não dá mais para adiar. Cada vez mais é urgente trabalhar essa pauta, especialmente devido a 4 forças que não permitirão retrocessos. São elas:


1- Força do mercado consumidor

É crescente o interesse que as pessoas têm em certificar a origem daquilo que consomem. Há uma clara elevação dos níveis de consciência por parte dos consumidores em busca das “empresas do bem”.

São diversos os exemplos conhecidos de empresas que sofreram rigorosas perdas em vendas e valor de mercado ao serem reveladas práticas inaceitáveis na sua “cadeia produtiva”.


2- Força do mercado regulatório

Como consequência da evolução dos mercados e consciência a respeito da sustentabilidade, o processo regulatório vem sofisticando as suas práticas e acirrando os meios de fiscalização e controle.


3- Força dos colaboradores atuais e potenciais

Assim como os consumidores, as pessoas querem ter a satisfação de trabalhar em organizações sócio-ambientalmente responsáveis. A cada dia se torna menos aceitável ser parte de um sistema que oferece saldo negativo no balanço das externalidades oferecidas pelas suas práticas.


4- Força do mercado investidor

Mais recente e talvez mais contundente têm sido as crescentes mensagens do mercado investidor quanto aos destinos preferidos dos seus recursos a investir. Vale conferir a carta de Larry Flink, CEO da Black Rock aos CEOs, “O poder do Capitalismo”.


5 tendências revolucionárias de ESG para 2022


As demandas e exigências sempre vão mudar nas empresas, e é claro que as ações de ESG também precisam ser repensadas. Por isso, a seguir você encontra quais as principais tendências para o tema e saberá como cada uma pode impactar o seu negócio.


1 – De carbono neutro para carbono zero

Apesar dos avanços na redução de pegadas de carbono, há um consenso crescente entre cientistas e ambientalistas de que esses esforços não serão suficientes para evitar um desastre climático no futuro.

O importante aqui é que as empresas se comprometam com a redução zero e tenham ações efetivas para reduções reais em suas próprias operações e suas cadeias de suprimentos.


2 – Transparência se transforma em accountability

Nos últimos anos, ser transparente tornou-se uma necessidade mais urgente do que nunca. E não é à toa que hoje as pessoas exigem mais acesso às informações sobre como as empresas operam e quais estratégias planejam para o futuro.

No entanto, a transparência é apenas uma parte do desenho, a responsabilidade corporativa deve ser o verdadeiro alvo para as organizações agora.

Relatar resultados reais em vez de simplesmente fazer promessas é o que vai valer daqui para frente, ainda mais com demandas por responsabilidade e verificadores terceirizados aumentando.


3 – De DEI para DEIA

A diversidade, equidade e inclusão foram parte crítica da estratégia ESG para todas as organizações nos últimos tempos.

Mas, com esforços de DEI focando em criar e sustentar a diversidade entre as equipes e garantir que as pessoas se sintam incluídas, uma nova demanda tem ganhado espaço: a sigla DEI evolui para DEIA (Diversity, Equity, Inclusion e Access).

E o que essa mudança de termo significa, de fato? Agora, além de buscar a diversidade e inclusão para dentro dos times, as empresas devem assumir um papel mais ativo na luta contra o racismo institucional e estrutural.


4- Padronização & regulamentação

Mais de 34 países já estão discutindo sobre criar regulamentações de fundos ESG com o objetivo de padronizar métricas, indicadores e até a forma como as práticas sustentáveis são reportadas.

E como é isso na prática? No Brasil, temos dois grandes exemplos:

Em 2021, a Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) definiu novas regras para identificar fundos com investimento sustentável e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), principal órgão regulador do mercado financeiro do Brasil, passou a exigir que as informações de ESG constem nos formulários de referência de empresas de capital aberto.


5- Das matas aos oceanos

Se era automático falar em florestas quando o assunto era impacto ambiental, agora é vez de outro elemento entrar em cena: o mar.

De acordo com o GeekCulture, a “economia do Oceano” já é pauta da

OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e da ONU.

Isso porque, os mares são responsáveis por absorver cerca de 30% do CO2 produzido e, por isso, a biodiversidade marinha e a poluição oceânica ganham mais importância no debate sobre sustentabilidade.

Cada organização tem um ponto de maturidade quanto a adoção das práticas ESG. Mas é importante destacar que ser ESG é a nova fronteira do engajamento das pessoas às organizações por uma simples razão: é uma janela de oportunidade real para a continuidade da espécie humana neste planeta.

Escrevi “ser” ESG intencionalmente, pois não se trata apenas de estar atento às tendências citadas, ter as práticas regulatórias ou implementar ações de compliance, nem muito menos assumir ações filantrópicas.

Trata-se de assumir um papel protagonista na transformação da sociedade, o que somente será possível a partir da evolução de consciência da liderança nas organizações.

Se você ainda não se conectou com esse movimento evolutivo, o mais importante é começar agora! Pois, como diria Paul Polman: “o preço de não fazer nada é maior do que o custo de agir’’.

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